terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um pouco de economia para os Servos de DEUS...

Vivemos num mundo capitalista. Eu particularmente sou capitalista de formação universitária. E sou a favor do capitalismo. Infelizmente o capitalismo é falho, um pouco menos que o socialismo de Marx ou Mao, que o nazismo de Hitler ou o fascismo italiano, mas ainda assim é falho.

Entretanto, a "religião oficial" do capitalismo (se é que possamos dizer que exista) é o cristianismo. É essa assim escrita com letra minúscula mesmo. Creio que o verdadeiro CRISTianismo era anarquista. vou lhe exemplificar:
Atos dos Apóstolos, cap 2, vs 44 a 47

E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

Desculpem, mas para mim isso é anarquismo. 
Infelizmente, esse modelo só é possível em sociedades muito pequenas e restritas, e com o modelo de igrejas que temos hoje -- sustentada basicamente por dízimos, ofertas e desafios, com dezenas e as vezes até dezenas de milhares de membros, todos com suas famílias e vivendo em uma sociedade basicamente orientada ao dinheiro -- creio que seja muito difícil convivermos em uma sociedade alternativa global como essa.
Quem administraria esses bens? você venderia a sua casa, que passou 20 anos pagando para o bem comum? Eu não!
Mas então vem o questionamento: Por que existem igrejas tão grandes?
Uma resposta é por que não existem ministros com carisma e preparo suficientes.
Outra resposta é: Redução de custos.
Uma terceira resposta é: As pessoas estão sedentas de Cristo mas não conseguem crescer e se desenvolver como cristãs, então lotam as igrejas. Como não crescem, não amadurecem e ficam esquentando o banco da igreja e dizimando para que outros vão fazer o trabalho que estas deveriam fazer.
A equação não é simples. Sustentar a máquina de uma igreja demanda recursos e compromissos financeiros. Esses recursos vêm de doações e muitos ministros se vêem pressionados a obter mais e mais recursos, as vezes para sustentar o fomento da máquina, as vezes para suprir a deficiência financeira causada pela evasão de membros ou de uma diminuição do rítimo de crescimento macroeconômico do país.
Sim, essas coisas devem ser levadas em conta. Se uma economia vai mal, as ofertas também vão. Se o irmão perde o emprego, você, pastor, perde o dízimo, e ainda vai gastar com esse membro.
Por outro lado, preciso deixar claro que não sou contra o crescimento de instituições religiosas, como igrejas. Acho que deveriam existir mais igrejas com poder de fogo, para pregar mais e mais o evangelho. Acho que Redes de TV e rádios precisam ser criadas, segmentadas e principalmente niveladas por cima!
O Evangelho Verdadeiro precisa chegar a cada casa, e cada ouvido precisa se interessar e internalizar que JESUS CRISTO É O SENHOR! Glórias a DEUS por isso!

Eu particularmente creio que essa equação fechará quando as igrejas investirem mais em pesquisa e desenvolvimento do que em belos salões.
Precisamos criar saber! Uma instituição criativa, não só em estudos biblicos, mas em artes, saúde, tecnologia e etc tem condições de gerar renda!
E essa renda ser revertida assim para pagar o salário milionário do ótimo pastor dessa igreja (sim, por que vai merecer!) 
Em minha opinião, a destinação justa dos dízimos e ofertas seria para obras sociais. vamos abrir poços de água, vamos distribuir comida e livros a quem precisa! vamos melhorar a condição de vida e sermos minimamente inteligentes!!!

Ao fazer isso, a igreja estará contribuindo para a melhoria da economia, e se a economia vai bem, tudo vai bem!

É claro que há um período de transição e ninguém espera que uma mudança de modelo ocorra da noite para o dia, mas um rebanho mais inteligente prega mais e melhor, e gera melhores frutos!